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A Três Mãos

A três mãos se escreve, a dois olhos se lê, a um o pensamento que perdura

A Três Mãos

A três mãos se escreve, a dois olhos se lê, a um o pensamento que perdura

24 Jan, 2017

Escondidos!

... Retalho anterior   Havia muitas semanas que não dormiam em paz. Quando chegaram ao apartamento após horas às voltas pela cidade de forma a afastarem quaisquer perseguidores, estavam arrasados e aproveitaram ambos para tomar um banho e enfiarem-se na cama. Precisavam realmente de descansar. Após uma noite bem dormida, Arlindo acordou cedo. Tentou perceber se já era dia mas não conseguiu tal era a (...)
18 Jan, 2017

Breve memória

... Retalho anterior   O velho telefone tocou naquele som roufenho do século passado. Ramos passava os olhos pelas novidades desportivas todavia sem grande interesse e não lhe apeteceu nada atender. Olhou o relógio e pensou: - Quem será a esta hora? Ainda não são oito e já me estão a chatear… Mas a insistência era evidente e acabou por atender: - Bom dia, agente José Ramos… - Porra Zé… nunca (...)
14 Jan, 2017

Regresso!

... Retalho anterior   A multidão de gente anónima apertava-se para verem os novos heróis. Quando saíram de mãos dadas, Lídia e Arlindo surgiram rodeados de forte escolta policial. Em passo rápido, entraram numa carrinha descaracterizada e nem chegaram a agradecer os aplausos com que a multidão presente os agraciou, fugindo daquela zona a alta velocidade. Atrás da carrinha outros carros e (...)
13 Jul, 2015

Amor e raiva

... Retalho anterior   - Estamos no aeroporto Figo Maduro a aguardar que aterre um avião C130 da Força Aéra Portuguesa que trará o casal de portugueses resgatados ontem numa operação relâmpago levada a cabo por diversas forças policiais e militares... Jessica ouvia a televisão instalada no gabinete de enfermagem da fragata onde estava embarcada, mas estava tão absorvida na sua pesquisa na (...)
09 Jul, 2015

Dados lançados!

...Retalho anterior   O carro rolava devagar mais por causa da chuva miudinha que iniciara a cair do que pelo trânsito daquela hora. Jurlindo conduzia enquanto Amélia tentava em vão ligar a alguém. Finalmente do outro lado atenderam mas com uma voz muito sonolenta: - Estou quem fala? - André, sou eu a Amélia. - O que é que aconteceu para me ligares a esta hora? Morreu alguém? - Não, mas (...)
07 Jul, 2015

Triste acordar!

... Retalho anterior     Quando acordou percebeu que estava num hospital. Mas olvidara o que a levara a estar ali e há quanto tempo. Pensou levantar-se mas preferiu aguentar firme até que chegasse uma enfermeira. Aproveitou para ir dormitando e tentou lembrar-se... A última coisa de que se recordava é estar à porta de alguém a bater. Mas não se lembrava de quem... Interiormente buscou pessoas: a (...)
12 Abr, 2015

Em fuga!

... Retalho anterior   O coração de Lídia quase estoirou. Então aquela é que era… a legítima. Deu alguns passos, tímidos e indecisos, em direcção a Arlindo, colocou-se a seu lado observando aquela mulher que caíra redonda no sofá profundamente ébria e serenamente deu a mão ao namorado. Este entrelaçou os dedos e soltou um suspiro. Tantos anos longe daquele estafermo, para aparecer agora, (...)
03 Abr, 2015

Futuro... incerto

... Retalho anterior   Após o almoço sereno e quase sem palavras, fizeram-se à estrada. Mas antes Arlindo foi ter com o velho Albino e despediu-se: - Da próxima vez que cá vier tem de me explicar isso do meu olhar... O velho levantou a velha e suja boina denunciando uma calva franciscana, ajeitou-a na nuca e esboçou um sorriso numa boca sem dentes. Finalmente devolveu: - Você é um homem sereno, mas (...)
27 Mar, 2015

Perspicácia!

... Retalho anterior   O caminho entre o cemitério e casa foi feito lentamente, como se houvesse uma força a empurrá-los para longe. Lucinda, agora viúva, pendurara-se no braço de uma das filhas. Lídia agarrara-se carinhosamente ao braço de Arlindo. Pela primeira vez sentia o calor do homem que nascera na aldeia e partira cedo para a cidade e com quem desejava partilhar o futuro. A mãe de negro (...)